Nascido em Brotas de Macaúbas em 3 de maio de 1926, Milton Almeida dos Santos, foi autor de mais de 40 obras e ganhador de diversos títulos e premiações na área de geografia, como Doutor Honoris Causa, e o Premio Internacional de Geografia Vautrin Lud (1994), referencia quando o assunto é urbanização do terceiro mundo e globalização.
Milton Santos se formou em direito, mas nunca deixou seu interesse por geografia. Sempre muito estudioso, aos 15 anos lecionou geografia e aos 18 começou sua vida universitária, mas nunca deixando de lado a sua militância política de esquerda.
Ainda na Bahia, Milton continuava lecionando e se envolveu nas atividades jornalísticas. Em 1958, conclui seu doutorado na universidade de Straburgo na França. Com a sua chegada ao Brasil, continua sua vida acadêmica e é nomeado em 1961, pelo presidente Jânio Quadros, para a subchefia do gabinete Civil. Em 1964 foi exilado pelo golpe militar, no qual permaneceu 13 anos em exílio. Lecionou na Sobornne e chegou a ser nomeado Diretor de pesquisas de planejamento urbano.
Milton retorna ao Brasil em 1976. No qual, por diversos impasses políticos teve dificuldade em lecionar em algumas universidades do país.
O professor passou por diversas Universidades brasileiras, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) até 1983, e em 1984 foi contratado como professor titular do Departamento de geografia da Universidade de São Paulo (USP), onde se aposentou e continuou lecionando.
As obras de Milton Santos discute o conceito de espaço e cidadania, e também relaciona os males que traz a globalização. A globalização e o capitalismo estão presentes em nosso mundo, o individualismo é cada vez mais intenso e a cooperação, o ideal de se trabalhar o coletivo, é por muitas vezes deixado de lado, com a globalização.
No dia 24 de junho de 2001, o Brasil e o mundo perdem um grande combatente das injustiças e um intelectual engajado em discutir os problemas do mundo e pensar novas formas de melhorar o mundo em que vivemos. O professor Milton Santos, sem dúvidas, deixa um legado muito rico com os seus estudos e provocações, para não nos acomodar frente ao que o capitalismo predador nos impõe.
Rodrigo Oliveira.
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