sexta-feira, 4 de novembro de 2011

EJA E HISTÓRIA DE VIDA

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) busca alfabetizar as pessoas que não tiveram acesso à escola em um determinado período de sua vida. O aluno da EJA em muitos casos traz consigo um histórico de exclusão social. Nesse sentido, enfrenta diversos desafios, tais como o preconceito imposto pela sociedade e até mesmo questões no cotidiano familiar e comunidade. Sendo assim, ele não é neutro nesse processo de ensino; e sim ator fundamental, pois essa pessoa já possui uma bagagem cultural.
Neste contexto, é de fundamental importância o trabalho do docente, ele deve saber trabalhar a especificidade de cada aluno (a). O trabalho com histórias de vida na EJA é um recurso que possibilita uma troca recíproca de aprendizagem entre professor (a) e aluno (a), de forma significativa. O professor (a) ao trabalhar com a história de vida dos alunos (a) contribui para a afirmação do sujeito em sua comunidade e no seu mundo em sua volta. Além disso, a pessoa reescreve a sua própria história, um diário de bordo.
Nesse processo de reescrita da historia de vida, eles trazem resquícios da história da escola em sua vida, lembranças do passado, cultura, comidas, etc.
Diante disso, o professor vai tendo um passo muito importante para o entendimento e reconhecimento do seu aluno. No entanto, neste processo de reescrita de história de vida, entre os alunos (as) surge às vezes certa desconfiança no que eles reproduzem, tendo alguns, dificuldade de reconhecer o seu próprio avanço (resistência ao novo) na qual eles dependem da orientação do professor. Isto é observado, por exemplo, quando proposto novas maneiras de aprendizagem, como trabalhar com a musica, rodas de conversas, jogos, leituras ou vídeos, a recusa por esses métodos é quase que imediata, mostrando que para eles a inserção de conhecimento se dá através do papel e caneta, lousa e giz, lição, cópia e reprodução de textos.
Assim, é de fundamental importância que o professor (a) trabalhe atividades que despertem a curiosidade, a oralidade, e dê a possibilidade deles se reconhecerem como sujeitos de conhecimento, sujeitos históricos que contribuem à comunidade, e modificam a realidade que vive como cidadãos de direitos e deveres.
FERNANDO CARVALHO, ELIANA RODRIGUES, RODRIGO OLIVEIRA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário