segunda-feira, 14 de novembro de 2011

LITERATURA DE CORDEL


No Brasil há uma diversidade de manifestações culturais populares ligados a uma determinada região do país, tais como: literatura de cordel, festas folclóricas, bumba-meu-boi, carnaval, capoeira, artesanato, cantigas de roda (ciranda cirandinha, nesta rua), entre outros. Paulo Freire definiu a cultura:
(...) como todo resultado da atividade humana, do esforço criador e recriador do homem, do seu trabalho por transformar e estabelecer relações de diálogo com outros homens. (FREIRE, 1982, p. 45)
A cultura popular é uma forma de resistência contra a influência da cultura da classe dominante, fortalecida pelos meios de comunicação que valorizam mais a cultura dominante do que as demais. As classes populares se expressam por meio das manifestações culturais como por exemplo, a Literatura de Cordel.
A Literatura de Cordel é uma poesia popular que retrata a vida dos nordestinos, festas, secas, atos políticos e sociais, amores, crimes e o cotidiano da região, entre outros. Os versos são escritos geralmente em folhetos e a capa é feita em xilogravura (arte de gravura em madeira), reproduções de desenhos, ou fotos coloridas.
Não existe um consenso sobre a origem da Literatura de Cordel, mas em nosso país ela é predominante da região nordeste, no entanto, segundo a Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), o cordel existe desde a Idade Média e chegou ao Brasil trazido pelos Portugueses na época da colonização, instalando-se na Bahia e depois andou -se para os demais estados nordestinos.
O cordel pode ser utilizado como recurso pedagógico na alfabetização de Jovens, Adultos e Crianças auxiliando o professor na divulgação de outras formas de expressões culturais (diferentes daquelas expostas na mídia), favorecendo o debate na sala de aula sobre questões como, identidade, cidadania, solidariedade e discriminação. Também pode ser trabalhado interagindo com outras disciplinas.
Fonte de referência: www.ablc.com.br / Freire, Paulo Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
Eliana Rodrigues, Eliedina Costa, Fernando Carvalho, Juliana Ferreira e Rodrigo Oliveira.

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