segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CARTA AO PROFESSOR




No Brasil durante muitos anos a escola e o professor tiveram como função o ato de ensinar a ler e escrever de uma forma mecânica, codificando e decodificando as palavras com o auxílio das cartilhas utilizando o método tradicional de ensino tradicional, ou seja, a memorização e a repetição de frases que não faziam sentido para o aluno, tais como Ivo viu a uva, A pata nada. Entretanto ao ensinar apenas o código alfabético e não estimular a sua utilização na leitura de diferentes gêneros textuais acabava formando alguns, ou a maioria, de analfabetos funcionais que são pessoas alfabetizadas, mas não sabem fazer ou uso das habilidades da leitura e escrita como a compreensão e interpretação de vários textos, ou uma leitura das praticas sócias mesmo com muitos anos de estudo.

A partir das necessidades de superar esse método e introduzir novos conceitos para reverter o quadro de analfabetos funcionais, pesquisadores estudiosos como Magda Soares, professora, doutora em educação e autora de vários livros, concluíram que, a escola além de alfabetizar deve oferecer condições para o letramento, desenvolvendo a leitura e a escrita dentro de um contexto significativo para o aluno.
Segundo Magda Soares, o letramento é a compreensão e o uso da escrita nas práticas sócias, considerando que a criança se encontra nesse processo antes de chegar à escola, pois faz a leitura de mundo que a cerca no qual lê  imagens do seu cotidiano, desenhos, rótulos, figurinhas, fotos de seus familiares e lugares diversos.

Refletindo sobre esse contexto me apropriei da leitura de um livro de Paulo Freire, educador e filósofo, que apesar de não utilizar o termo letramento me auxiliou na compreensão dos conceitos: letramento e alfabetização que recomendo a vocês.
 “A Importância do Ato de Ler”: em três artigos que se completam, no primeiro artigo Paulo Freire, afirma que a leitura do mundo precede a leitura da palavra e que começou a ser inserido na leitura das palavras no seu pequeno mundo, no qual foi alfabetizado em casa, por sua mãe, o chão sua lousa e o graveto seu giz. Antes de chegar à escola lia as cores das frutas, o cheiro das flores, o canto dos pássaros e de tudo que fazia parte do seu pequeno mundo. No segundo artigo desta a importância da alfabetização de adultos e a criação, de uma biblioteca popular.
Eliana Rodrigues

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