segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O PASSADO, PRESENTE E FUTURO NA VISÃO DE UMA BRASILEIRA

Aprendendo a ler e escrever do Paraná a São Paulo



No Brasil temos milhões de brasileiros que forma uma categoria de analfabetos, ou desprovidos de uma aprendizagem de qualidade, uma grande parte desses brasileiros é formada por jovens e adultos, uns dos grandes problemas para o governo, que tenta resolver, tomando medidas como a criação de programas para Alfabetização de Jovens e Adultos, ainda não são programas eficientes, são inadequados para o seu público alvo, acabam espantando cada vez mais essa categoria do ambiente escolar. 
Pessoas como dona Terezinha Bispo Vilarino de 56 anos, que nasceu no Paraná e hoje trabalha como auxiliar de limpeza em uma empresa em São Bernardo do Campo, ela se encontrava dentro desta categoria, onde a mesma busca o aprendizado, tentando voltar a vida escolar depois de anos afastada de uma sala de aula.
Dona Terezinha conta que começou a estudar aos 9 anos até os 13 anos e onde morava só tinha uma escola que ficava longe de sua casa. A escola chamava-se Escola Isolada da Fazenda Alto São José, em que já podemos ter a ideia de sua localização em relação às demais localidades, com um ensino básico, que proporcionava o ensino da 1ª até a 4ª série, em que para cada serie ganhava uma cartilha para o ano todo, assim foi feita a sua alfabetização, praticamente sozinha, em meio a um ensino de escassez de conhecimento e recheado de repetições e memorização.
Com uma enorme dificuldade para continuar os estudos, teria que morar na cidade, como era de uma família pobre não tinha condições e parou os estudos. Quando estudava não tinha tempo para estudar por que tinha que ajudar os pais no trabalho da roça.
Essa historia de vida e luta, retrata a história de muitos brasileiros que hoje se encontra diante do mesmo problema, no qual esse cidadão se encontra em uma situação de desconforto em sua cidade de origem, na qual não conseguiu conciliar trabalho e estudo quando criança, tendo que abrir mão dos estudos para dedicar-se ao trabalho, passado alguns anos, o mesmo ou mesma, se vê na situação de migrar para cidades mais populosas que visa grandes oportunidades de emprego, o que gera uma enorme frustração ao chegar à cidade e deparar com a dificuldade de emprego e moradia.
Morando em São Bernardo do Campo há muitos anos ela conta que passava nas ruas e ficava perdida com tantas letras, acabava-se confundindo onde estava. Como já tinha uma pequena noção de leitura, mas não de escrita, assim criou um hábito de ler todos os dias logo aprendeu a escrever. Hoje lê o jornal todos os dias para se atualizar e aprender mais o português, diz que sem a leitura não tem como aprender a escrever, não tem mais dificuldade, pois logo reconhece as letras e sempre incentivou os filhos a estudar.
Esta esperando pela aposentadoria para ingressar numa Faculdade da Terceira Idade, assim haverá horários acessíveis para poder se dedicar aos estudos que tanto sonhou. podemos mudar o futuro em que logo estaremos, pois mudar o passado é impossível,  Para dona Terezinha “todos deveriam ter o hábito da leitura”, pois é nela em que viver o presente é aconselhável, mas mudar, reestruturar o futuro é possível, pois é mostrar que o homem é inacabado, ele vive num estado de mutação, em que só se sabe aquele que nele vive.

Juliana  Ferreira
Fernando Carvalho


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